Os pódios da equipe Williams F1

Williams FW22 de 2000

Carlos Sainz conseguiu o feito épico de colocar o Williams no pódio do último GP do Azerbaijão. Com este terceiro lugar, foi a primeira vez desde 2021 que a equipe de Grove subia ao pódio, embora seja verdade que naquela ocasião foi em Spa-Francorchamps e sob uma chuva que fez a corrida ter duas voltas atrás do Safety Car. De qualquer forma, a Williams voltou a levantar um troféu e a saborear o champanhe. Hoje vamos aproveitar para fazer um resumo dos pódios que a Williams alcançou na F1, de suas eras douradas e de suas fases mais sombrias. Vamos lá!

NÜRBURGRING 1975. O “PRIMEIRO” DOS 314 PÓDIOS
A primeira vez que a Williams alcançou um pódio foi com Jacques Laffite, em 1975, na Alemanha. Embora este resultado tenha um certo truque. Entre 1969 e 1976, Frank Williams correu na F1 com equipe própria, mas não era exatamente a equipe que todos conhecemos hoje. Esta Williams primitiva chamava-se Frank Williams Racing Cars, embora nas estatísticas a contabilizem como uma única equipe. A reestruturação ocorreu em 1977, quando se transformou na Williams Grand Prix Engineering, dando início à atual equipe Williams que todos conhecemos.

Williams FW06 de Alan Jones de 1978. O primeiro carro a conquistar um pódio com a estrutura atual da Williams

Em 1978, conquistaram um segundo pódio isolado na temporada. Foi com Alan Jones em Watkins Glen com o FW06. A partir de 1979 chegariam muitos pódios, e foi o primeiro ano real da equipe em que lutaram por coisas importantes. De fato, naquele ano, viria a primeira vitória com Clay Regazzoni na Grã-Bretanha. Com o auge da equipe no início dos anos 80 e os títulos conquistados entre 1980 e 1982, a escuderia alcançou em muito pouco tempo a marca dos 50 pódios. 1983 foi um ano muito fraco, conquistando apenas dois pódios, embora um deles tenha sido com vitória em Mônaco. 1984 também foi um ano medíocre com apenas dois pódios, sendo um deles também uma vitória no caloroso GP de Dallas, no Texas.

UMA SEGUNDA ERA DE DOMÍNIO
Após os parênteses medíocres de 1983 e 1984, em 1985 voltaram com tudo. Melhoraram seus resultados, e também viriam os títulos mais esmagadores. No que restou do Século XX, a Williams conquistou pelo menos um pódio em todas e cada uma das temporadas, de 1978 a 2000. Seu pódio de número 100 chegou no GP da Grã-Bretanha de 1988 com o FW12 pilotado por Nigel Mansell. Esse carro passou pelo mesmo que em 1983 e 1984, conquistando apenas dois pódios ao equipar o motor Judd, que não era dos melhores do grid, ainda assim o dado está aí e não deve ser ignorado.

Nigel Mansell com o Williams FW12 de 1988. O carro do pódio de número 100 da Williams

A partir de 1989, a frequência dos pódios da equipe de Grove aumentaria. Seu pódio de número 150 foi conquistado na Hungria em 1992, a corrida em que Nigel Mansell garantiu matematicamente o título de pilotos com o Williams mais poderoso que existiu na F1, o FW14B.

Nigel Mansell também deu o pódio 150 à equipe com o FW14B

Para o pódio de número 200 não foi preciso esperar tanto. Alcançaram-no em 1995 no GP da Bélgica. Nesta corrida, Damon Hill deu o número redondo à equipe com seu segundo lugar. A Williams, em associação com a Renault, continuaria a dominar até a temporada de 1997. Embora em 1998 e 1999 tenham conquistado pódios, o desempenho caiu muito e eles não tinham a menor chance de enfrentar a McLaren e a Ferrari. No ano 2000, em seu primeiro ano de associação com a BMW, conquistaram o pódio de número 250 com Ralf Schumacher em Spa-Francorchamps.

Williams FW17 de 1995. O carro do pódio 200 exposto no Museu da Williams em Grove

SÉCULO XXI, O PERÍODO MAIS SOMBRIO DA WILLIAMS
Apesar de, no início dos anos 2000, a Williams ter conseguido vencer corridas, muitos pódios e até algumas tentativas de lutar pelo título, como em 2003, a verdade é que era o princípio de um fim de ciclo. A Williams conquistou mais de 30 pódios entre 2001 e 2003. 2004 foi o declínio, alcançando apenas quatro pódios. 2005 seria ainda pior, com apenas três pódios, e em 2006 aconteceria algo inacreditável. Foi a primeira vez desde 1977 que não conquistaram um único pódio.

BMW-Williams FW25 de Juan Pablo Montoya de 2003. O melhor Williams da era BMW

Com isso, iniciava-se o período mais sombrio da história da equipe. Entre 2007 e 2013, conquistaram apenas quatro pódios no total: um com Álex Wurz em 2007, dois com Nico Rosberg em 2008 e um com Pastor Maldonado na que é, até hoje, a última vitória da equipe, Espanha 2012. Com o início da era híbrida, a Williams se beneficiou de ser uma equipe com motor Mercedes, conquistando em 2014 até nove pódios em um ano, algo que não conseguiam desde 2003. Foi nesta temporada que alcançaram o pódio de número 300 da escuderia. Foi no GP da Alemanha em Hockenheim, com Valtteri Bottas ao volante do FW36.

Williams FW36 de 2014 de Valtteri Bottas. O carro do pódio de número 300

Em 2015, conquistaram vários pódios a mais, mas em 2016 e 2017, alcançaram apenas um pódio em cada temporada. Aqui começa uma segunda fase sombria, já que desde 2018 ficaram não apenas sem pódios, mas também como a lanterna de todo o grid. Em 2021, Russell conquistou o pódio naquela corrida vergonhosa da Bélgica 2021, ou melhor, na não-corrida, e neste 2025, alcançaram o último pódio até hoje com o terceiro lugar de Sainz em Baku.

Williams FW47 de Carlos Sainz em Baku 2025. O carro do último pódio até hoje da Williams

Com a mudança de regulamento que se aproxima para 2026, a pergunta é a seguinte: a Williams e seu motor Mercedes acertarão as novas regras e conseguirão voltar a frequentar os pódios como ocorreu em 2014? Será Sainz o próximo piloto a dar uma vitória à equipe desde a Espanha 2012? A resposta a partir de 2026, mas uma coisa está clara para os amantes da história da F1. Um sobrenome tão lendário como Williams merece voltar aos pódios com um pouco mais de frequência.

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